Imperialismo empurra <br>mundo para a guerra
GUERRA As agressões militares dos EUA na Síria e Afeganistão, e em especial as ameaças contra a República Popular Democrática da Coreia podem conduzir a um conflito de grandes proporções, alerta o CPPC.
A paz e a segurança estão sob ameaça
Em nota divulgada dia 15, o Conselho Português para a Paz e a Cooperação refere-se em particular à escalada belicista na Península da Coreia e às suas «imprevisíveis e dramáticas consequências».
O CPPC reitera que «o justo objectivo de desnuclearização, na Península da Coreia ou no mundo», não pode ser imposto «de forma unilateral» ou sem garantias de que a RPDC não será alvo de uma agressão, como o foi no passado. Sobretudo não se pode excluir do processo os EUA, que «detêm os maiores arsenais nucleares do mundo, promovem a sua modernização e instalação fora do seu território, e afirmam a possibilidade da sua utilização num primeiro ataque».
O CPPC realça também que «o aumento dos meios e forças militares norte-americanas na Península da Coreia [exercícios conjuntos com a Coreia do Sul, instalação de mísseis e envio de uma nova esquadra naval]», aliadas ao «recente ataque militar directo contra a Síria» e ao «lançamento de uma bomba de grande potência numa zona remota do Afeganistão, representam um novo e muito perigoso passo». A paz e a segurança no mundo estão assim sob ameaça.
A Rússia vetou, a semana passada, no CS ONU, um texto em que EUA, França e Grã-Bretanha atribuíam à Síria a autoria de um ataque com armas químicas, a 4 de Abril, o qual foi pretexto para o bombardeamento norte-americano contra o território, dois dias depois.
Moscovo e Damasco defendem uma investigação imparcial ao sucedido e rejeitam não apenas qualquer responsabilidade sobre o ataque, como a sua manipulação. Em entrevista exclusiva à AFP, Bachar al-Assad, por seu lado, considerou o ataque químico mais uma manobra do imperialismo para desmantelar a Síria, e culpabilizou os terroristas apoiados há anos por Washington.